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Como será a sala de aula de 2030?

Você já parou pra pensar em como será a sala de aula em 2030?


Se tivéssemos congelado um médico e um professor há 100 anos, e os descongelássemos hoje, colocando-os respectivamente em centro cirúrgico e uma sala de aula, o médico se assustaria e não conseguiria conduzir a cirurgia com todos aqueles equipamentos que existem atualmente. Certamente ele buscaria se especializar para poder voltar a exercer sua profissão. Porém, o professor estaria em uma situação mais confortável, afinal, a estrutura da sala de aula segue a mesma com as carteiras em filas, a mesa do professor virada de frente para todos os alunos, o quadro de giz e os alunos com suas mochilas, livros e cadernos.


Podemos até refletir sobre o comportamento e cultura dos alunos, que muitas vezes levam seus smartphones, smartwatches, tablets e jogos eletrônicos para a escola. Sim, isso é um fator considerável, pois vivemos discutindo sobre as novas gerações e seus padrões de comportamento dentro da sociedade da informação. Porém, o professor congelado enxergaria as possibilidades desses recursos em sala de aula? Nós mesmos, professores nativos do século 21 muitas vezes ignoramos esses recursos e nos voltamos para uma metodologia tradicional de séculos passados, nos fazendo agir como ele.


Pensando em termos de sociedade, nos últimos 100 anos evoluímos em diversos aspectos com auxílio da tecnologia. Os serviços, a comunicação e a indústria foram se moldando a novas formas de comportamento que a globalização nos trouxe. Começamos a ter acesso à novas culturas e novas formas de pensar fazendo com que chegássemos ao modelo atual, que continua em constante evolução. No último ano, o impacto que a pandemia causou nos fez evoluir o equivalente a 5 anos, por conta da informatização e digitalização forçada dos diversos setores devido às circunstâncias que tivemos que nos adaptar para poder sobreviver.


E esse professor congelado conseguiria se adaptar?


Bom, se nós professores do século 21 já tivemos dificuldades em nos adaptar, imagina ele! Mas se a sociedade está tão desenvolvida em termos tecnológicos, por que a escola teve tanta dificuldade em se adaptar a esse momento? Será que a nossa escola está realmente preparada para a educação do século 21?


No relatório "A sala de aula de 2030 e o aprendizado para a vida", resultado de uma pesquisa realizada em parceria entre a Microsoft e a Education Practice da McKinsey & Company, somente nos Estados Unidos, a automação poderá substituir até 50% dos empregos atuais, sendo que os trabalhos que exigem pouco conhecimento diminuirão em até 11,5 milhões nos EUA até 2030. Esses dados vêm ao encontro com o que o Fórum Econômico Mundial divulgou em seu relatório sobre o Futuro do Emprego.


O relatório da sala de aula de 2030, ainda destacou que os estudantes pesquisados, desejam desenvolver habilidades para direcionar seu próprio aprendizado, e que os professores os reconheçam como pessoas para ajudá-los nessa caminhada. Além disso, ficou claro que diversas habilidades cognitivas precisam ser desenvolvidas durante a vida escolar, tais como criatividade, solução de problemas e habilidades socioemocionais.


Para isso, a personalização da aprendizagem vem sendo muito discutida entre os principais especialistas e pesquisadores da área, e como ela pode ser aprimorada com o auxílio das tecnologias digitais. Dados apontam que a tecnologia adaptada às necessidades dos estudantes e educadores podem poupar cerca de 20 a 30% do tempo tanto do professor, quanto do aluno, possibilitando que o professor possa de fato se dedicar ainda mais ao seu aluno.


Além disso, as plataformas de colaboração, inteligência artificial e realidade mista podem promover novas experiências de aprendizagem possibilitando o desenvolvimento de novas habilidades. Estima-se que se a aprendizagem personalizada e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais forem de fato adotadas, em 2040 os Estados Unidos podem ter um aumento de 1 milhão de novos graduados no ensino superior por ano e em consequência, um aumento anual de US$ 600 bilhões em seu PIB.


E aí, tecnologia e educação são ou não são um bom investimento para o desenvolvimento de um país??


Mas com tudo isso, algo se faz cada vez mais necessário: o investimento na formação docente. De nada adiantará investir em novos equipamentos e infraestrutura se o professor não souber o que fazer com tudo aquilo. Será apenas um lindo, enorme e caro elefante branco!


Atenção: o investimento não deve ser apenas por meio das instituições de ensino. A instituição deve sim proporcionar esses momentos, porém, é preciso que o próprio educador invista seu tempo e recursos em seu desenvolvimento profissional.


E vamos combinar, né: que valorizem os momentos de formação proporcionados pelas instituições!


E aí, sua instituição tem investido em formação docente?

Você tem investido em seu desenvolvimento profissional?


Cuidado para não fazer a Frozen e se tornar o professor congelado!!





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